Para a professora bilíngue do Ires, Núbia Alvim, o contato com a educação dos surdos possui um significado particular e começou bem antes da sala de aula. “O meu primeiro contato com a língua de sinais foi através da minha irmã Isabel, que é surda. Hoje, eu fico muito feliz por trabalhar na área educacional voltada para uma educação bilíngue, uma educação verdadeiramente acessível. E depois de muitos anos de descaso e preconceitos, temos finalmente uma data, que reconhece a educação para os surdos”, conta.
Segundo a coordenadora pedagógica do Ires, Simone Gabriela, o mais importante nesta data é o poder de visibilidade e protagonismo para os surdos. “As pessoas hoje estão vendo que os surdos existem, que eles precisam se comunicar como todo mundo. A nossa proposta é trabalhar com as crianças desde pequeninas, estimulando o aprendizado em Libras, o conhecimento de mundo, fazendo com que eles saibam quem são e que cada um deles possa se aceitar como surdo”, afirmou.
“O que a gente quer é que, cada vez mais, os surdos sejam capazes, porque nós sabemos que eles são, mas que eles se vejam como pessoas comuns, com direitos e deveres”, finaliza a coordenadora pedagógica.